sexta-feira, 2 de março de 2012

Pressão total

O verdão, nesta semana, jogou duas vezes, neste campeonato paranaense, o primeiro jogo, diante do Roma de Apucarana, o segundo jogo, ontem na largada do segundo turno, diante do Toledo. Nestes dois jogos, as histórias foram completamente diferente.

No primeiro jogo, que aconteceu no domingo, o Coritiba enfrentou o Roma, no Alto da Gloria, buscando a vitória, mas esperando tropeço de Cianorte e do Atlético. O jogo terminou como começou, ou seja, o verdão simplesmente não tomando conhecimento do time de Apucarana. Um jogo onde o torcedor sabia que a qualquer momento sairia o gol coxa branca. O time do Roma não teve outra alternativa, a não ser olhar a partida, ver o domínio amplo, total do time coxa.
Uma partida como era vista no ano passado, onde o Coritiba ofereceu ao seu torcedor, um show atrás do outro.
Rafinha inspirado, Gil, jogando na lateral se abonou da posição. Sua apresentação foi infinitamente superior ao Jackson. Jogadas bem trabalhadas, toque de bola praticamente perfeito, criatividade, tudo deu certo para o Coritiba, um jogo em que a goleada por 5x0 ficou muito, mas muito barato para o time do interior.

O verdão não levou o turno, acabou em segundo, mas a boa notícia é que o único time que pode tirar o título do Coritiba, também não venceu o turno. O Cianorte ficou no empate, fora de casa, diante do Arapongas. 1x1. Com isso, também não venceu o turno, o que deixa o Coritiba praticamente campeão do paranaense, mas terá que vencer o segundo turno.

Esta pressão para ganhar a segunda parte do campeonato, já começou a ser sentida no jogo de ontem. O verdão entrou em campo novamente, diante do Toledo, no Alto da Gloria, sabendo que o fraco time do Atlético tinha perdido por 3x0 para o Londrina, e o perigoso time do Cianorte empatou fora de casa, com o lanterna do campeonato, o Iraty.

Tudo pronto para uma grande festa no Couto, chance de ouro para garantir a vitória e sair bem neste começo de turno. Tudo pronto para a grande festa, o palco estava já estava armado, o show iria começar.
Para surpresa dos 10.000 torcedores que foram ao estádio presenciar a partida, nada do que tinha acontecido diante do Roma se repetiu. Não teve espetáculo, muito menos show, o que foi visto foi um Coritiba que ainda não tinha sido visto neste ano. Um time sem criatividade, sem inspiração, errando muitos passes, ansioso, nervoso e apático.
O toledo fez uma retranca fora do comum e não deixou o verdão criar. Fato que irritou jogadores e principalmente a torcida, que se manifestou pedindo raça, jogadores.
O jogo se arrastou, sem grandes perigos, e tudo se encaminhava para um decepcionante 0x0. Como eu escrevi, "se encaminhava", fato que não aconteceu. Quando a torcida já estava conformada com o resultado negativo, diante do fraco desempenho na partida, Gil pega a bola no lado direito, vai a linha de fundo, cruza na cabeça de Marcel, o centroavante que está sendo muito cobrado pela torcida coxa branca. Gol do Coritiba, aos 43 minutos do segundo tempo. Gol do alívio, gol que deu a vitória para nosso glorioso.
Se a postura técnica, tática, não foi boa, pelo menos o resultado apareceu. A vitória caiu no colo do Coritiba.

Nestes dois jogos, onde o Coritiba teve duas atuações completamente diferente, um pequeno detalhe merece uma atenção especial. O Coritiba vinha tomando muitos gols. O goleiro Vanderlei sempre buscava a bola no fundo de suas redes, uma vez nas partidas do Coritiba. Mas isto não vem mais ocorrendo, pelo menos nos últimos três jogos. Diante do Atlético, do Roma e agora diante do Toledo. Sinal que a conversa do treinador Marcelo Oliveira vem dando resultado, e que finalmente, as lições estão sendo aprendidas. Resta agora saber jogar com a pressão de ganhar o segundo turno, jogar com tranquilidade, sem nervosismo, sem ansiedade.

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